ARTIGOS

1 + 1 pode ser igual a 3

O bem estar do ser humano depende e faz parte do bem estar da Terra e de todas as criaturas, além disso, depende da expansão da consciência humana e sua transcendência. Ao perceber o valor dessa conscientização o homem desenvolve riqueza, conhecimento, potencialidade e principalmente qualidade da condição humana. É um movimento de evolução existencial.
Se cada pessoa que joga lixo na rua, magoa alguém ou desperdiça água, se desse conta de que está fazendo mal a si próprio e mudasse sua forma de pensar e agir, não somente o mundo estaria melhor, como a sua vida poderia se transformar. Nós fazemos parte desse grande sistema e mudando as pequenas coisas, alteramos o todo. Todos os sistemas se compõem de subsistemas e seus elementos estão inter-relacionados, ou seja, o todo não é uma simples soma das partes. Isto significa que as partes de um sistema podem interagir para gerar algo maior, o que as partes não conseguiriam fazer se trabalhando isoladamente. Nessa fórmula 1 + 1 pode sim ser igual a 3.
A partir do momento em que o homem se considera integrante do Universo, transforma suas relações. Não estou falando de ciência, religião ou filosofia, mas de uma visão do mundo, uma forma de encarar a realidade, que torna possível restabelecer a unidade do homem, tão fragmentada e mecanicista em que se transformou, fechando-o em si mesmo.
Assim como não conseguimos enxergar como somos fundamentais em relação ao que acontece com o mundo e o quanto somos responsáveis, também nos mostramos, na grande maioria das vezes, “cegos” quanto a nós mesmos. Quando foi a última vez em que você parou para se enxergar melhor? Você sabe o que lhe faz mal? E sabe a importância do que lhe faz bem?
Enxergar a si próprio não significa apenas ir até o espelho e ver a imagem refletida nele, mas se conhecer, conhecer todas as suas “partes”, cada canto escuro do seu Eu. Enxergar a si próprio significa reconhecer que somos parte de algo maior, sem deixar de ser inteiros, somos estruturas totalitárias e reducionistas, ver o mundo, o Homem e a vida em si como entidades únicas, completas e intimamente ligadas. Isso tudo é algo necessário para curarmos o “mal-estar”, as doenças e as crises que vive a humanidade atualmente, causados em grande parte pela cisão dos aspectos humanos e naturais.
Une-se os aspectos físicos, emocionais, mentais e espirituais, integrando o Homem ao universo onde está inserido, pois não somos apenas matéria física, nem somente consciência, nem apenas emoções, já que levar em consideração apenas alguns destes aspectos isoladamente é perder de vista a sua integridade.
Esses vários “pilares” do ser humano devem estar equilibrados, sólidos, para que a pessoa esteja bem. Se acontecer de um deles ficar mais frágil, os outros poderão dar o suporte necessário para firmar essa estrutura chamada Homem. Por exemplo, quando alguém está com algum problema em seu relacionamento familiar, o trabalho, sua saúde, os amigos, devem ficar ainda mais firmes, para que a pessoa não “caia”.
A nossa realidade cotidiana tem nos revelado o crescente aumento de desagregação, que nos afasta do propósito maior que é a evolução do Ser e a integração com o Universo. Sendo assim, torna-se emergencial a possibilidade de uma nova consciência, de uma civilização mais humana, justa, centrada em valores mais elevados e uma necessidade de melhorar e ampliar a qualidade de vida, com uma visão integrada de quem somos e do universo no qual fazemos parte.
Quando uma parte não está funcionando bem, outras terão que trabalhar mais para manter o equilíbrio.
A compreensão de que o ser humano e o mundo são sistemas, que seguem princípios gerais, têm características próprias, implica em um redirecionamento da conduta do homem perante os desafios e dificuldades do momento. Compreender-se inteiro e, ao mesmo tempo, fazendo parte de um todo maior, o qual podemos influenciar diretamente, é uma nova forma de ver o mundo que nos torna mais responsáveis por cada acontecimento, tanto interno quanto ao nosso redor. Talvez, dessa forma, paremos de reclamar das casualidades da vida e iniciaremos um novo amanhã, mais conscientes do poder que temos sobre o lugar onde vivemos e sobre nós mesmos.
Vale a pena tentar, em pouco tempo você perceberá a mudança naqueles que o cercam e principalmente, no seu bem estar.

Juliana Lapolli
Publicado no jornal “O Norte da Ilha”

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Terapia: uma viagem ao mundo interior
Terapia quer dizer tratamento e não há um momento exato para iniciar, podendo ajudar nas questões que a pessoa  não consegue resolver sozinha ou para auto-conhecimento. É necessário que, quando a pessoa conclui que deve ir em busca de ajuda, procure um profissional qualificado. Além disso, a terapia não possui tempo determinado, isso depende do problema e da evolução do próprio paciente. Pode auxiliar o paciente a enxergar seu próprio papel em sua frustração, a escolher o que é melhor para si próprio, atitudes, ações, objetivos e assumir suas escolhas.
A partir do momento em que o homem se considera integrante do Universo, transforma suas relações. Isto não está relacionado à ciência, religião ou filosofia, mas à uma visão do mundo, uma forma de encarar a realidade, que torna possível restabelecer a unidade do homem, tão fragmentada e mecanicista em que se transformou, fechando-o em si mesmo. Compreender-se inteiro e, ao mesmo tempo, fazendo parte de um todo maior, é uma nova forma de ver o mundo que torna as pessoas mais responsáveis por cada acontecimento, tanto interno quanto externo.
Assim como não consegue-se enxergar como se é fundamental e responsável em relação ao que acontece com o mundo, na grande maioria das vezes, os indivíduos são “cegos” quanto a si mesmo. Quando foi a última vez em que você parou para se enxergar melhor? Você sabe o que lhe faz mal? E sabe a importância do que lhe faz bem?
Enxergar a si próprio não significa apenas ir até o espelho e ver a imagem refletida nele, mas se conhecer, conhecer todas as suas “partes”, os cantos obscuros do seu Eu. Enxergar a si próprio significa se reconhecer como parte de algo maior, sem deixar de ser inteiro. Isso tudo é algo necessário para curar o “mal-estar”, as doenças e as crises que vive a humanidade atualmente, causados em grande parte pela cisão dos aspectos humanos e naturais.
Une-se os aspectos físicos, emocionais, mentais e espirituais, integrando o Homem ao universo onde está inserido, já que levar em consideração apenas alguns destes aspectos isoladamente é perder de vista a sua integridade. Esses vários “pilares” do ser humano devem estar equilibrados, sólidos, para que a pessoa esteja bem. Se acontecer de um deles ficar mais frágil, os outros poderão dar o suporte necessário para firmar essa estrutura chamada Homem, afinal, quando uma parte não está funcionando bem, outras terão que trabalhar mais para manter o equilíbrio.
O papel do terapeuta é mostrar os caminhos, mas quem deve guiar essa “viagem” é o paciente. A terapia é uma caminhada espontânea, sem caminhos pré selecionados, o terapeuta vai onde o paciente quer ir. Assim, para cada pessoa existe uma forma melhor de trabalhar, molda-se a terapia exclusiva para cada paciente, pois deve-se preocupar com a individualidade de cada um.


Juliana Lapolli